Cactos dos meus pensamentos,
Onde as lágrimas sem complacência nascem.
Onde o entabuar da tristeza cresce sem palidez,
Quando me é agraciado
Um balde recheado
Um balde recheado
De morte...
De sorte
Me transporta a embriaguez,
Quando as efemérides protestantes
da maré tenebrosa,
Dançam o mesmo cacto,
Dançam o mesmo cacto,
Entre o luto e o meu pranto...
Com a insônia perseverante
No meu eu vestido de preto.
É quando recorro à floresta,
Respiro fundo,
E transmuto o meu mundo.
A tristeza não me atesta.
Não vim ao mundo para servi-la,
Ou, constantemente, sorvê-la!
Ao contrário, estou aqui, escrevo
Em altíssimo relevo,
Exatamente, para inutilizá-la,
Exterminá-la.
Para tanto, fui generosamente provido com esse romantismo,
Que me levou aos jardins alados do lirismo.
Trabalho nº 010
Nenhum comentário:
Postar um comentário