sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Cactos da Morte - Jardins da Ilusão

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Cactos dos meus pensamentos,  
Onde as lágrimas sem complacência nascem.   
Onde o entabuar da tristeza cresce sem palidez,  
Quando me é agraciado 
Um balde recheado   
De morte...  
De sorte   
Me transporta a embriaguez,
Quando as efemérides protestantes   
da maré tenebrosa,
Dançam o mesmo cacto,  
Entre o luto e o meu pranto...  
Com a insônia perseverante   
No meu eu vestido de preto.  
  
É quando recorro à floresta,  
Respiro fundo,  
E transmuto o meu mundo.  
A tristeza não me atesta.  
Não vim ao mundo para servi-la,  
Ou, constantemente, sorvê-la!  
Ao contrário, estou aqui, escrevo  
Em altíssimo relevo,  
Exatamente, para inutilizá-la,  
Exterminá-la.  
Para tanto, fui generosamente provido com esse romantismo,  
Que me levou aos jardins alados do lirismo.  
  
  





 "Música é que nem borboleta"





Trabalho nº 010

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